"Reportagem Coruja do Vale do dia 25 de março 2015"
Montes Claros, Pará de Minas e Santa Luzia reúnem queixas de
falta de investimentos em fornecimento de água e baixo tratamento do esgoto.
Enquanto a Copasa finaliza as medidas de restrição ao
consumo de água nos municípios afetados pela crise de abastecimento, como
sobretaxa, rodízio e racionamento, três grandes cidades querem se desligar da
empresa e assumir o fornecimento de recursos hídricos e tratamento de esgoto.
No total, Montes Claros, no Norte do estado, Pará de Minas, no Centro-Oeste, e
Santa Luzia, na região metropolitana, reúnem quase 700 mil habitantes, com
muitas queixas de falta de investimentos em fornecimento de água e baixo
tratamento do esgoto.
A Copasa afirma que os contratos preparados pelos municípios
determinam a utilização da estrutura montada pela empresa sem qualquer
compensação, o que será levado à Justiça e pode inviabilizar as contratações. E
ainda exigir que as companhias que vencerem as licitações tenham de fazer
contratos com a Copasa para operar suas redes de adutoras, estações e
esgotamento.
O caso que mais chama a atenção é o de Pará de Minas, onde
vários bairros já enfrentara falhas de fornecimento que duraram até oito dias
seguidos este ano. Segurando baldes ou empurrando carrinhos de mão carregados
de recipientes vazios, parte da população dos bairros mais altos precisa
enfrentar filas para receber água de caminhões-pipa. A situação já levou as
pessoas a fechar ruas em protesto, chegando até a depredar a unidade da Copasa.
Segundo a prefeitura, um contrato de
parceria-público-privada (PPP) já foi assinado entre a administração municipal
e a empresa Águas de Pará de Minas S/A, com duração de 35 anos e valor de R$
230 milhões. Entre as obrigações da empresa estão a construção de nova captação
no Rio Paraopeba, com extensão de 28 quilômetros para sanar a falta de água nos
sistemas antigos dos ribeirões dos Paiva e Paciência.
A Copasa não se pronunciou sobre o assunto, mas em mensagem
endereçada aos seus acionistas, informou que recorrerá à Justiça para não ter
prejuízos com o uso de seus ativos na cidade. A prefeitura alega que já existe
decisão no Superior Tribunal de Justiça em favor da municipalização dessas
estruturas.
Em Montes Claros, um edital para a concessão foi preparado
no fim do ano passado e a licitação deverá ser aberta nos próximos dias. Entre
as reclamações da prefeitura que levarão à não renovação com a Copasa e a
considerar ilegal o contrato firmado em 1998 com a companhia estão o baixo
índice de tratamento de esgoto, em cerca de 70%, e a falta de acesso a água
potável a 30 mil moradores no município. A prefeitura reclama ainda da qualidade
da água fornecida pela companhia, que tem alto teor de calcário e, por isso, um
gosto forte e desagradável em alguns locais. Com o contrato, a PPP garantiria
universalização do abastecimento e do tratamento de esgotos e investimentos de
R$ 400 milhões.
O tratamento de esgoto, que atualmente atende a 40% da
população, representa a principal reclamação da Prefeitura de Santa Luzia
contra os serviços da Copasa. No início deste ano, a administração municipal
preparou um plano municipal de saneamento que, de acordo com o secretário de
Meio Ambiente, Deusdedith Aguiar, deverá servir de base para um edital de
contratação dos serviços de água e esgoto.
“O primeiro objetivo é conseguir tratar 90% dos esgotos até
2019. Será uma contribuição importante para a melhoria da qualidade do Rio das
Velhas, que recebem nossos esgotos e os da Grande BH”, destaca. O edital está
sob análise jurídica, mas deverá ser aberto ao mercado nos próximos dias, na
modalidade de PPP.Três municípios querem se desligar da Copasa e assumir
abastecimento de água
Montes Claros, Pará de Minas e Santa Luzia reúnem queixas de
falta de investimentos em fornecimento de água e baixo tratamento do esgoto
Enquanto a Copasa finaliza as medidas de restrição ao
consumo de água nos municípios afetados pela crise de abastecimento, como
sobretaxa, rodízio e racionamento, três grandes cidades querem se desligar da
empresa e assumir o fornecimento de recursos hídricos e tratamento de esgoto.
No total, Montes Claros, no Norte do estado, Pará de Minas, no Centro-Oeste, e
Santa Luzia, na região metropolitana, reúnem quase 700 mil habitantes, com
muitas queixas de falta de investimentos em fornecimento de água e baixo tratamento
do esgoto.
A Copasa afirma que os contratos preparados pelos municípios
determinam a utilização da estrutura montada pela empresa sem qualquer
compensação, o que será levado à Justiça e pode inviabilizar as contratações. E
ainda exigir que as companhias que vencerem as licitações tenham de fazer
contratos com a Copasa para operar suas redes de adutoras, estações e
esgotamento.
O caso que mais chama a atenção é o de Pará de Minas, onde
vários bairros já enfrentara falhas de fornecimento que duraram até oito dias
seguidos este ano. Segurando baldes ou empurrando carrinhos de mão carregados
de recipientes vazios, parte da população dos bairros mais altos precisa
enfrentar filas para receber água de caminhões-pipa. A situação já levou as
pessoas a fechar ruas em protesto, chegando até a depredar a unidade da Copasa.
Segundo a prefeitura, um contrato de
parceria-público-privada (PPP) já foi assinado entre a administração municipal
e a empresa Águas de Pará de Minas S/A, com duração de 35 anos e valor de R$
230 milhões. Entre as obrigações da empresa estão a construção de nova captação
no Rio Paraopeba, com extensão de 28 quilômetros para sanar a falta de água nos
sistemas antigos dos ribeirões dos Paiva e Paciência.
A Copasa não se pronunciou sobre o assunto, mas em mensagem
endereçada aos seus acionistas, informou que recorrerá à Justiça para não ter
prejuízos com o uso de seus ativos na cidade. A prefeitura alega que já existe
decisão no Superior Tribunal de Justiça em favor da municipalização dessas
estruturas.
Em Montes Claros, um edital para a concessão foi preparado
no fim do ano passado e a licitação deverá ser aberta nos próximos dias. Entre
as reclamações da prefeitura que levarão à não renovação com a Copasa e a
considerar ilegal o contrato firmado em 1998 com a companhia estão o baixo
índice de tratamento de esgoto, em cerca de 70%, e a falta de acesso a água
potável a 30 mil moradores no município. A prefeitura reclama ainda da
qualidade da água fornecida pela companhia, que tem alto teor de calcário e,
por isso, um gosto forte e desagradável em alguns locais. Com o contrato, a PPP
garantiria universalização do abastecimento e do tratamento de esgotos e
investimentos de R$ 400 milhões.
O tratamento de esgoto, que atualmente atende a 40% da população,
representa a principal reclamação da Prefeitura de Santa Luzia contra os
serviços da Copasa. No início deste ano, a administração municipal preparou um
plano municipal de saneamento que, de acordo com o secretário de Meio Ambiente,
Deusdedith Aguiar, deverá servir de base para um edital de contratação dos
serviços de água e esgoto.
“O primeiro objetivo é conseguir tratar 90% dos esgotos até
2019. Será uma contribuição importante para a melhoria da qualidade do Rio das
Velhas, que recebem nossos esgotos e os da Grande BH”, destaca. O edital está
sob análise jurídica, mas deverá ser aberto ao mercado nos próximos dias, na
modalidade de PPP.
Reorter Metzker.
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