‘‘No início, os traços míticos do personagem Izone eram confundidos com os contos mágicos das crenças dos Botocudos, pertencente à tribo indígena que habitava a região nos anos 1800.
Entre os anos de 1893 e 1915, alguns Botocudos rebelavam contra invasões dos estrangeiros, desta vez os enfrentaram usando carabinas e, por conseguinte, foram praticamente exterminados.
Um padre chamado Agostinho Paraíso de Mendonça morou nesta região e catequizou vários Índios logo depois das incursões dos comandos do governo, que planejou povoar a região. Em seguida, muitos aventureiros de outros países e também de várias partes do Brasil habitaram a região por causa das pedras preciosas. Foi em homenagem a este padre que surgiu o nome da cidade de Padre Paraíso-MG. Também por influência do garimpo, cidades da região receberam nomes como: Turmalina, Topázio, entre outras.
Conta-se que algumas pedras preciosas transformam-se em Lagarta de Fogo e andam terra a dentro. Há também a Pedra Encantada que transforma-se em uma bola de fogo e sai pulando de uma montanha para a outra durante a noite e desaparece num piscar de olhos; ela pode transformar-se em uma linda e formosa mulher, hipnotizar os homens e, com encantos mágicos, os levar para a floresta deixando-os confusos e perdidos por horas e horas em meio à escuridão.
Acredita-se que todos esses mistérios são formas distintas de animismo que o Izone encontrou para confundir as pessoas e fazê-las desacreditar na sua existência, podendo, então, agir livre ao comando da mãe natureza.’’
Texto extraído do livro O nascimento do Izone de Cejo Costa.
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